Urumqi é a capital da Região Autônoma Uigur de Xinjiang, na China ocidental e lar do povo uigur. Está situada em um cinturão fértil de oásis ao longo da cordilheira de Tian Shan (“Montanhas Celestiais”). A população urbana estimada em 2015 era de aproximadamente 3,5 milhões de habitantes.
Após disputas pelo controle do território ao longo de muitos anos, no século 18, Xinjiang passou definitivamente a ser considerada parte da China. Urumqi tornou-se a maior cidade e o maior centro comercial da Ásia Central, com importância estratégica internacional.
Desde meados do século XX, Urumqi desenvolveu-se não apenas como capital regional e centro cultural de Xinjiang, mas também como uma base industrial importante. Trata-se de uma região muito rica, com atividades agrícolas, extensas minas de carvão e outros minérios, além da produção e refino de petróleo. Também existe ali um enorme parque eólico – o maior do tipo na China.
Os uigures de Xinjiang são muçulmanos sunitas. Sua organização social gira em torno da aldeia. A chegada de milhões de chineses da etnia majoritária (han) à região em meados dos anos 1950, inviabilizou qualquer esperança de independência acalentada pelos uigures. No final do século 20, a população han constituía dois quintos da população total de Xinjiang.
Disparidades econômicas e tensões sociais cresceram entre as duas etnias e, por fim, resultaram em graves conflitos, incluindo um surto particularmente violento em Urumqi, onde morreram 200 pessoas (maioria han) e em torno de 1700 pessoas ficaram feridas. Ataques terroristas posteriores levaram as autoridades chinesas a iniciar uma perseguição aos uigures, que, a partir de 2017, resultou em total repressão, sendo a medida governamental mais controversa o encarceramento por tempo indefinido de mais de 1 milhão de uigures em “centros de treinamento político” semelhantes aos campos de reeducação da era Mao. Outras medidas repressoras incluem: destruição generalizada de mesquitas e outros edifícios religiosos; esterilização e abortos forçados em mulheres uigures, estupros e outras formas de violência contra as encarceradas; retirada das crianças do seio de suas famílias; proibição do uso da língua uigur nas escolas e de trajes típicos da etnia, entre outros.
Os Estados Unidos e a Austrália, ao lado de outras agências de direitos humanos, têm pedido às Nações Unidas que classifiquem a repressão levada a cabo contra os uigures e outros muçulmanos de Xinjiang como genocídio. O Parlamento do Canadá ja considerou como genocídio o que o governo chinês está fazendo contra os uigures.
Sabe-se que, nos campos de reeducação de Xinjiang, há ainda dissidentes de outras minorias étnicas, bem como cristãos.
Ore:
- Para que Deus tenha misericórdia dos uigures e outros muçulmanos expostos ao genocídio em Xinjiang .
- Para que os cristãos detidos nos campos de reeducação em Xinjiang possam resistir às dores, sofrimentos, perseguições. Para serem sal e luz, não somente entre os uigures, mas também entre os soldados e guardas, anunciando a única esperança para todos: Jesus.
- Para que o Espírito Santo mova de tal forma o coração dos soldados e guardas dos campos de reeducação que tenham repulsa contra seus próprios atos violentos contra as mulheres uigures.
- Para que as famílias uigures possam receber de volta seus filhos, dos quais foram separadas à força.
- Para que os países se unam de forma sensível e sábia para pressionar o governo chinês a retirar a repressão sobre dos uigures e parar com as práticas de genocídio.
- Para que os crentes de todas as nações sintam o peso e a urgência da necessidade de intercessão por esse povo.
- Para que o Senhor se agrade, em sua imensa misericórdia, de salvar pelo menos 10% dos uigures de Xinjiang e onde quer que estejam espalhados nos próximos 10 anos.